Entre janeiro e junho de 2024, os Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM acionaram 8.520 meios de emergência pré-hospitalar para responder a situações de dor torácica. Em 87% desses casos, foram realizados eletrocardiogramas no local das ocorrências, permitindo a rápida identificação de possíveis enfartes. Este procedimento resultou na identificação de mais de mil doentes com suspeita de EAM, que foram prontamente encaminhados para as unidades hospitalares adequadas.
O INEM destaca ainda que, em 60 % dos casos, o tempo entre a identificação dos sintomas e o encaminhamento hospitalar foi inferior a duas horas, considerado crucial para o sucesso do tratamento. Em 26 % das situações, o contacto com o 112 ocorreu entre duas a 12 horas após o início dos sintomas, e em 13 % dos casos, o contacto foi estabelecido mais de 12 horas após o aparecimento dos primeiros sinais.
A média de idades dos doentes foi de 62 anos, sendo que 70 % dos casos ocorreram em homens. Os distritos com maior número de registos de suspeita de enfarte foram Porto (197), Lisboa (185), Braga (137), Faro (77) e Vila Real (56).
Os hospitais que mais receberam doentes com suspeita de EAM foram o Hospital de Braga (135), o Hospital de Faro (85), o Hospital de São João no Porto (70), e os Hospitais de Santa Marta (64) e Santa Maria (58) em Lisboa.
O INEM aproveitou a ocasião para relembrar os principais sintomas de um enfarte, que incluem dor súbita no peito, com ou sem irradiação para o braço esquerdo, costas ou mandíbula, suores frios intensos, náuseas e vómitos. O enfarte agudo do miocárdio é uma das principais causas de morte em Portugal, resultando da interrupção súbita da circulação sanguínea nas artérias coronárias.
A prevenção deste tipo de eventos passa por consultas médicas regulares, a adoção de hábitos de vida saudáveis, prática de atividade física e evitar o tabaco e o sedentarismo.
Fonte: Lusa