Segundo Melanie Ferreira, “a reunião pretende continuar a debater os grandes avanços dos últimos anos na abordagem da doença vascular pulmonar”, com a participação de especialistas de várias áreas médicas, como Medicina Interna, Cardiologia, Medicina Intensiva e Imunohemoterapia. A coordenadora relembra ainda que, em edições anteriores, a reunião contou também com “a participação de colegas de Reumatologia, Oncologia e Cirurgia Vascular, o que reflete bem a multidisciplinaridade necessária no tratamento desta patologia”.
Com elevadas expectativas para o evento, a médica expressa: "Espero que consigamos elevar o nível de conhecimento na área, o qual reproduzido na nossa prática clínica, será para benefício dos nossos doentes". Outro objetivo essencial é a criação de redes de referenciação para garantir que "todos os doentes beneficiem das abordagens mais avançadas, independentemente da sua área geográfica".
Dois temas principais irão dominar as discussões durante a reunião: a hipertensão pulmonar e a embolia pulmonar. Sobre a hipertensão pulmonar, Melanie Ferreira antecipa uma "revisitação dos diferentes grupos da doença, focando no tratamento individualizado, fugindo ao tratamento standard de classe, uma evolução para além das guidelines de 2022". Já no que toca à embolia pulmonar, serão abordadas questões práticas como a monitorização não invasiva, terapêutica endovascular, e a gestão do doente após um evento agudo, incluindo a extensão da anticoagulação e o impacto de viagens no tromboembolismo.
Um dos momentos mais aguardados da reunião será “A tarde do interno”, dedicada à apresentação e discussão de casos clínicos complexos por médicos internos. “Espero suscitar uma discussão interessante e enriquecedora, com ênfase nas decisões clínicas difíceis que frequentemente deparamos nesta área”, afirma Melanie Ferreira.
No final do evento, a coordenadora espera que os participantes saiam com uma compreensão clara da evolução na abordagem da doença vascular pulmonar. "É essencial uma abordagem verdadeiramente multidisciplinar, com destaque para a Medicina Interna como principal referenciador e gestor destes doentes desde a prevenção à doença crónica", conclui.