No pós-verão é normal haver uma maior queda de cabelo comparativamente com as outras épocas do ano. E porquê?
Nesta época, o cabelo fica mais suscetível a danos por diversas razões como, por exemplo, uma maior exposição ao sol, ao cloro ou à água salgada.
Para minimizar o problema deve-se:
- Usar proteção solar para o cabelo, como chapéus ou produtos com proteção UV
- Hidratar e nutrir bem o cabelo com máscaras capilares
- Evitar secadores e outras fontes de calor para o cabelo
- Reforçar a ingestão de proteína, antioxidantes, ómega-3 e vitaminas que ajudem a fortalecer o cabelo.
Queda de cabelo e causas
O ciclo natural do cabelo engloba as fases de crescimento e da queda, com fios em diferentes estágios em simultâneo. Deixa de ser uma queda considerada normal quando há um desequilíbrio nesse ciclo, provocando uma queda excessiva, condição conhecida como deflúvio telógeno.
Além dos fatores relacionados com o pós- verão, outras causas podem contribuir para a queda de cabelo. Esses fatores incluem stress físico e emocional, défices nutricionais (ferro, zinco, proteína, vitaminas), doenças agudas e crónicas (por exemplo, febre, infeções e doenças autoimunes), alterações hormonais (como menopausa, pós-parto ou doenças da tiróide) e alguns medicamentos.
No entanto, existem situações de perda de cabelo sem que haja um aumento da queda de cabelo, por exemplo: na alopécia androgenética, não existe um aumento do número de cabelos que caem, mas sim em determinadas áreas do couro cabeludo, o cabelo vai afinando progressivamente levando à rarefação do cabelo nessas zonas.
O tabu relacionado com a queda de cabelo
A queda de cabelo ainda é um tabu. Considerado muitas vezes símbolo de saúde e beleza, o cabelo, ou neste caso, a falta dele, impacta diretamente a autoestima, gerando inseguranças e desconforto já que muitas vezes é associado a doenças graves, como o cancro.
Ao mesmo tempo que isto acontece, ainda existe preconceito com os tratamentos associados à queda de cabelo. Muitas pessoas veem a preocupação com a queda de cabelo como algo superficial ou vaidoso, o que pode inibir quem tem o problema a procurar ajuda por medo de julgamento.
Além disso, o receio dos efeitos colaterais é uma preocupação comum, assim como a ideia de que os tratamentos não funcionam, o que compromete a procura e adesão aos tratamentos.
Para combater esta realidade, os profissionais de saúde devem:
- Fornecer informações baseadas em evidências: Esclarecer que a queda de cabelo é uma condição médica tratável, e os tratamentos são eficazes e seguros quando acompanhados por especialistas.
- Normalizar as discussões sobre a saúde capilar: Criar um ambiente em que o paciente se sinta à vontade para discutir as suas preocupações sem julgamento.
- Educar o público: Realizar campanhas educativas que desmistificam os tratamentos e promovam a conscientização sobre a saúde capilar.
Tratamentos possíveis
Embora existam ferramentas para minimizar a queda, como uma dieta equilibrada e evitar o stress, a consulta com um profissional de saúde é crucial se a queda persistir.
Existem opções terapêuticas, mas tudo depende do tipo e da gravidade da queda, podendo incluir suplementos nutricionais (em caso de défices nutricionais), tratamentos de aplicação local, medicamentos orais (como o minoxidil e a finasterida), procedimentos médicos (como o laser e a mesoterapia) e cirúrgicos (transplante capilar).
A mensagem mais importante a reter é que a queda de cabelo é algo natural, especialmente no pós-verão, e que não deve ser visto como um tabu. O tema deve ser discutido abertamente, pois existem soluções comprovadas e tratamentos eficazes.